A sinvastatina (SV) é um pó
cristalino branco ou quase branco, praticamente insolúvel em água, muito
solúvel em cloreto de metileno e solúvel em álcool. É uma das estatinas mais
comumente utilizada para tratar diversas formas de hipercolesterolemia. Este
estudo teve como objetivo aplicar a análise térmica [Termogravimetria (TG),
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e Calorimetria Exploratória
Diferencial acoplado ao sistema Fotovisual (DSC-fotovisual) e Análise Térmica
Diferencial (DTA)], Pirólise acoplada à Cromatografia Gasosa/Espectrometria de
Massa (Pir-CG/EM) e dissolução na caracterização da sinvastatina matéria-prima
farmacêutica, misturas binárias com diferentes celuloses de diferentes
fabricantes e pré formulados. Foram utilizadas três diferentes amostras SV
(denominadas SVA, SVB e SVC), misturas do fármaco com amostras de celulose
(PH101 e PH102) e preformulados. Os estudos termogravimétricos dinâmicos foram
realizados nas razões de aquecimento de 10, 20 e 40 °C/min. Os estudos
isotérmicos foram realizados nas temperaturas de 165, 175, 185, 195 e 205 ° C.
Os estudos de DSC das amostras SV foram feitos nas razões de aquecimento de 2,
5, 10, 20 e 40 ° C/min. Foram feitos estudos de DTA na razão de aquecimento de
10 ° C/min para a SV e misturas binárias (1:1) com as diferentes celuloses. Os
preformulados foram preparados variando apenas a celulose microcristalina
utilizada em cada um deles. Os lotes de celulose utilizados no preparo dos
preformulados foram: MCR102, MCB102, MCR101, e MCB101 para os preformulados A,
B, C e D, respectivamente.
A mistura foi feita via seca em misturador em V e a
compressão em uma máquina compressora rotativa. Os resultados mostraram
diferenças no comportamento das amostras de SV na fase de transição do processo
de fusão e na energia de ativação de decomposição térmica, que foram
diretamente correlacionados com a estabilidade térmica das mesmas. O processo
de decomposição térmica da SV foi analisado por Pir-CG/EM e seus resultados
mostraram que a quebra da SV ocorre com a formação de dois novos compostos de
m/z 284 e m/z 207, em proporções que dependem das temperaturas do pirolisador.
Os resultados de DTA mostraram não haver interação da celulose com a sinvastatina
no processo de fusão do fármaco. O dados termogravimétrico mostraram alteração
na estabilidade térmica da sinvastatina nas misturas binárias com diferentes
celuloses. Foi demonstrado também diferença entre as diferentes misturas. A
ordem de estabilidade térmica para as amostras estudadas foi SV > SVMCB102
≥ SVMCB102 ≥ SVMCB101 > SVMCR101. Os dados de dissolução
intrínseca analisados pelo fator de diferença (F1) e fator de semelhança (F2)
mostraram não haver diferença entre os perfis de dissolução intrínseca dos
diferentes lotes de sinvastatina. Os perfis de dissolução dos preformulados,
analisados pelo mesmo modelo, demonstraram haver diferença entre os perfis de
dissolução quando utilizados diferentes tipos de celulose, porém não houve
diferença quando utilizado o mesmo tipo de celulose de difentes fabricantes
Tatiane da silva vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário