quinta-feira, 2 de junho de 2016

Protecção anti-oxidativa

A capacidade das estatinas para inibir a isoprenilação de determinadas proteínas, envolvidas nos processos de oxidação / antioxidação da parede vascular, será um dos mecanismos subjacentes às suas propriedades antioxidantes. A utilização de culturas celulares, permitiu demonstrar que os inibidores da HMG-CoA reductase inibiram a formação do superóxido e aumentaram a produção de ON pelas células endoteliais, através da supressão da isoprenilação das proteínas Rac e Rho 685 686. A proteína Rac é um componente do complexo NAD(P)H oxidase vascular e leucocitário e a inibição, pelas estatinas, da sua isoprenilação, impede a sua translocação membranar e a formação do superóxido687. A proteína GTPase Rho está igualmente envolvida nas vias de sinalização celular, necessitando da isoprenilação para ser activa. A inibição deste processo nas células endoteliais, pelas estatinas, resulta no aumento da produção do ON e da sua acção antioxidante.
Em 115 doentes insuficientes renais crónicos em hemodiálise, homens e mulheres, verificou-se que, nos medicados com estatinas a actividade da mieloperoxidase era significativamente menor (17,7 versus 26,6 OD630/min por mg proteína; p<0,05). Diversos trabalhos no animal têm vindo a confirmar a acção anti-oxidante das estatinas.

Fonte: Oxidação das Lipoproteínas Humanas de Baixa Densidade, Inflamação e Aterosclerose; José Manuel dos Santos Pereira de Moura; COIMBRA 2010; DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO APRESENTADA À FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA


Thaynara Albuquerque

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