sábado, 11 de junho de 2016

Altos níveis plasmáticos de colesterol e o desenvolvimento de Alzheimer

Um estudo epidemiológico demonstrou a relação direta entre altos níveis de colesterol sangüíneo e o aumento de risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer31. Existem muitas evidências sugerindo uma forte relação entre a deterioração da homeostase lipídica cerebral, as alterações vasculares e a patogenia da doença de Alzheimer. Essas associações incluem: (1) reconhecimento de que um transportador do colesterol, a apoE4, atuou como o principal fator de risco genético para o desenvolvimento da doença de Alzheimer, tanto na forma familiar quanto na esporádica; (2) estudos epidemiológicos ligando os fatores de risco, como a hipertensão e altos níveis plasmáticos de colesterol, à demência; e (3) o efeito benéfico das drogas redutoras do colesterol, como as estatinas, no combate à doença de Alzheimer idiopática32. Evidências obtidas a partir de um estudo realizado em humanos indicaram que o tratamento à base de estatinas - lovastatina (Mevacor®), sinvastatina (Zocor®), atorvastatina (Citalor®) e pravastatina (Pravacol®) - conferiu proteção contra a forma esporádica da doença33. Outros estudos indicaram que o colesterol foi capaz de regular o processo proteolítico da APP, favorecendo a formação da substância Aβ, ao passo que uma redução dos níveis plasmáticos do colesterol foi capaz de reduzir a formação amiloidal.

Fonte: A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos;  ARTIGO DE REVISÃO;  Rev Psiquiatr RS. 2008;30(1 Supl).



Thaynara Albuquerque

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