domingo, 1 de maio de 2016

Combinação de Niacina com Estatina

O mais recente ensaio clínico sobre a combinação de estatina com niacina foi o ARBITER 2²³. Nesse estudo (p=167), pacientes com doença coronária conhecida e HDL-C < 45mg/dl foram randomizados para utilizar sinvastatina (20mg/dia), ou niacina na dose 1000mg/dia associada a sinvastatina (20mg/dia). Após 1 ano de seguimento, os níveis de LDL-C foram de cerca de 85mg/dl em ambos os subgrupos do estudo. O HDL-C elevou-se mais nos grupos que tomou niacina (47% vs 40%; p=0,003). Observou-se tendência para melhor controle do colesterol não-HDL, dos triglicérides e da PCR ultra-sensível entre os pacientes que tomaram niacina.. O objetivo principal do estudo foi avaliar o comportamento da espessura intima/média da artéria carótida. A progressão da relação intima/média carotídea mostrou tendência a ser menor no grupo niacina/estatina (0,014mm vs 0,044mm; p=0,08). Entre os pacientes não diabéticos com SM que utilizaram niacina chegou-se a observar regressão de lesão e melhora da relação intima/média, em um determinado grupo que tomou sinvastatina isoladamente, que apresentou os mesmos índices de progressão anteriormente citados (p=0,08). Foi verificado ainda, tendência para redução do risco de desfechos CV, no grupo combinação de fármacos.

Fonte: Combinação de fármacos na abordagem das dislipidemias: associação entre estatinas e niacina. (Jairo Lins Borges; Seção clinica de cardiogeriatria - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo)


Thaynara Albuquerque

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