domingo, 15 de maio de 2016

Brasileiros não tomam os medicamentos redutores de colesterol corretamente
As dislipidemias são anormalidades da concentração sanguínea do colesterol total e suas frações, ou seja, das gorduras circulantes no sangue.Este distúrbio predispõe ao aparecimento da aterosclerose (formação de placas de gordura na parede das artérias).A aterosclerose e suas manifestações clínicas, como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e o acidente vascular cerebral (derrame cerebral), são as principais causas de morte no Brasil.As gorduras circulantes no sangue são obtidas a partir dos alimentos (minoria) ou são formadas em nosso próprio corpo (maioria), principalmente no fígado.
Uma recente pesquisa realizada pelo Conselho Latino Americano para Cuidado Cardiovascular (CLACC), demonstrou que o tempo médio de uso dos medicamentos redutores de colesterol (hipolipemiantes) no Brasil é de apenas 60 dias.
No estudo CORE, mais de 50% das suspensões do uso desses medicamentos foram orientadas pelos próprios médicos.Quando tentamos saber a razão dessas suspensões, a resposta mais verificada foi a de que as gorduras no sangue já haviam atingido os níveis desejáveis, e o problema do colesterol estava "curado".
Como a maior parte do colesterol circulante no sangue é formado pelo nosso corpo (endógeno), a maioria dos pacientes que iniciam estes medicamentos deverão tomá-los de forma indefinida.Em geral, a redução do colesterol com uma dieta adequada costuma ser modesta,no entanto, uma dieta adequada (pobre em colesterol, gorduras saturadas e trans) continua sendo fundamental nos pacientes com dislipidemias.
O uso dos medicamentos hipolipemiantes controla o problema, mas não o cura de forma definitiva.Sabemos através de inúmeras evidências científicas, amplamente divulgadas, que os benefícios atingidos com o tratamento do colesterol através de medicamentos depende de anos do uso dessas medicações, e, que a suspensão desse tratamento pode anular os benefícios e elevar os custos para o paciente, já que não lhe trará benefícios no longo prazo.
FONTE:http://portaldocoracao.uol.com.br/tags/hipolipemiantes
TATIANE DA SILVA VIEIRA

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